O segundo ato de Arcane começa alguns anos após a separação de Vi e Powder no final do terceiro episódio e o clima deste comecinho é de transição, pois muita coisa mudou, então precisamos nos situar e revisitar os personagens e também Piltover e Zaun.
Piltover
É Dia do Progresso e Jayce, que agora é bastante reconhecido pelos avanços que conseguiu na cidade com a tecnologia Hextech, está desenvolvendo com Viktor alguns novos aparelhos tecnológicos que prometem mudar a vida de todos os cidadãos, mas Heimerdinger insiste para que eles ainda não apresentem para o público o que estão fazendo, pois a tecnologia requer ainda mais tempo de pesquisa e aprimoramento. A decisão frustra tanto Jayce como Viktor, pois ambos querem melhorar a vida dos outros.
Ad
É bastante interessante ver essa abordagem mais adulta que os roteiristas utilizaram parar desenvolver a trama de Piltover. Podemos acompanhar bastantes diálogos e discussões políticas, além de jogos de poder e questionamentos sobre os riscos de mexer com a magia.
Essas discussões entre os personagens acabam saindo da telinha e indo para o público de Arcane, onde há opiniões e pontos de vistas sendo defendidos tanto para o lado do Heimer, como o do Jayce. Confesso que não gosto de ver as coisas por esse lado e definir um certo e um errado na história. São pontos de vista e estilos de vida diferentes, onde cada personagem erra e acerta, e ver o desenrolar da trama e as implicações que se desencadeiam a partir disso é o que mais me fascina.
Agora quem roubou a cena mesmo nesse núcleo foi Viktor e Mel. No primeiro ato não me importei tanto com Viktor. Já nesse, me vi preocupado com ele e triste por vê-lo definhando. Ainda que saiba do futuro do personagem, me vi aflito e torcendo por sua sobrevivência. É até engraçado porque esses dias joguei o novo modo PvE de Legends of Runeterra e estava vendo o Viktor como vilão por lá e o Jayce sendo mocinho, e nesse segundo ato, ainda que não veja o Jayce como vilão, sinto que os roteiristas inverteram as coisas, então já estou ansioso para ver tudo mudando novamente.
Sobre Mel o que posso dizer é que desde o primeiro momento sinto que a personagem está escondendo alguma coisa e tramando algo. O quê? Eu não sei. Mas a impressão que tenho é que ela vai ser muito importante para o futuro da história e sempre que ela aparece em cena fico vidrado nela e atento a cada fala e ação da personagem. Já vi algumas pessoas teorizando que ela poderia ser a LeBlanc e essa possibilidade me anima muito, mas vou diminuir as expectativas e aproveitar o que vier.
Zaun
Após a morte de Vander, Silco assumiu o controle de Zaun e as consequências podem ser vistas em alguns momentos onde vemos personagens antigos em situações deploráveis. A pobreza e decadência tomam conta do lugar e Silco só se importa com ele mesmo. Ao seu lado está Powder, que agora já assumiu o nome de Jinx e é seu braço direito.
Gostei muito de como abordaram a loucura de Jinx. Os efeitos visuais e de som nos momentos em que ela delira fazem com que o telespectador saiba o que está acontecendo e entenda melhor a personagem. Ver os antigos amigos de Powder juntos a ela, na sua cabeça, foi bem duro. É perceptível o quanto a tragédia que aconteceu no passado mudou Jinx para sempre e até confesso que em um primeiro momento senti falta de um ou dois flashbacks mostrando essa mudança acontecendo, mas o roteiro é eficaz e faz sentido, e mesmo não mostrando algumas coisas, está tudo ali.
Ad
Vi no comecinho do segundo ato estava desaparecida, mas Caitlyn a encontra na cadeia e a libera para ajudar na investigação que está fazendo. Sem saber, Caitlyn está na verdade procurando a irmã perdida de Vi.
Estamos em Zaun, mas preciso falar sobre Caitlyn. Ela foi o grande destaque deste segundo ato. Já havia comentado na review do primeiro ato que ela ia ser importante no futuro e aqui está ela. Ao vê-la com alguns dos colegas de trabalho, já podemos perceber que a Polícia de Piltover não está ligando muito para o que acontece a sua volta, mas a Caitlyn está ali para fazer a diferença. Ainda que esteja em um cargo bem baixo, ela é proativa, vai à ação, investiga, quer a mudança e vai fazer de tudo por isso.
Todo o arco de Caitlyn indo para Zaun e conhecendo o mundo que passou a vida longe é extremamente importante, pois Caitlyn não é como os outros Piltovenses, ela quer fazer a diferença e conhecendo e sentindo na pele as diferenças sociais e injustiças que acontecem em Zaun, ela saberá onde mudar e como mudar, e poderá fazer história.
Ah, e o que falar sobre Caitlyn e Vi juntas? Eu surtei demais. Deu vontade de entrar na tela e dizer: "SE BEIJEM LOGO, POR FAVOR!" Eu sempre gostei da relação das duas, mas nunca tinha visto como tudo aconteceu, então foi incrível ver o comecinho de tudo e o desabrochar do relacionamento delas. Ai, quero mais cenas assim, hein? Quero beijo, quero Vi chamando Caitlyn até eu dizer chega, enfim, quero tudo que tenho direito. Riot, você tem apenas uma obrigação, ouviu? Não me decepcione.
O reencontro das irmãs
Por falar em cenas que mexeram comigo, temos o reencontro de Vi e Jinx. Desde o comecinho do momento, quando a Jinx usa o sinalizador e começa a tocar aquela música, eu já estava fora de mim, então quando elas se reencontram para valer, me segurei para não chorar, porque foi uma das coisas mais lindas que já vi na série. Uma pena que o momento dura pouco, pois os Fogolumes (galera do Ekko?) chegam e acaba separando Vi e Jinx mais uma vez.
Conclusão
Com isso, chegamos ao fim do segundo ato de Arcane. Até agora não tenho o que reclamar, a série está excelente e todos os episódios estão com o nível lá em cima.
Ao mesmo tempo que estou extremamente ansioso e querendo que chegue logo o próximo sábado, estou triste porque o terceiro ato é o último e iremos ficar sem Arcane até acontecer uma nova temporada. Mas não vamos ficar tristes, né? Vamos focar no terceiro ato que promete ser incrível e finalizar a história com chave de ouro. Quais suas expectativas para o final? Conversem comigo nos comentários!
— Comments0
Be the first to comment